Oração à Nossa Senhora das Dores
15/02/2021

Autor: Ir. Victor Franco Soares, CP

O nosso coração nutri sinceros sentimentos a Maria, Mãe de Jesus e mulher de Nazaré, por que ela é reconhecida como fiel colaboradora na Obra Salvífica. Por seu testemunho ao chamado de Deus – vocação de ser “servidora da humanidade” sendo mãe do Salvador – ela sempre nos direciona ao Cristo Jesus. Maria de Nazaré se faz tão próxima de Deus que em sua humildade não deseja reconhecimento ou estar nos altares, mas, deseja testemunhar com gestos.

Nas constituições da Congregação da Paixão de Jesus Cristo (Congregação Passionista) encontramos a presença maternal de Maria: “Para sermos fiéis a esse compromisso, necessitamos de maturidade, autodomínio, e da força proveniente da graça de Deus e da vida de íntima união com Cristo. A Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Jesus e dos homens, é nosso auxílio” (Const. 19). Maria nunca está longe, mas, se faz presença silenciosa e orante, na entrega e consagração de todo Passionista.

Compreendemos que para cumprir nossos votos precisamos da força e Graça de Deus que provêm do céu, contudo, Maria se faz mãe de Jesus e com isso também dos homens, das mulheres, dos vocacionados e das vocacionadas... Maria é MÃE NOSSA. Como MÃE sabe acolher as dores, sofrimentos, angústias e frustações, ela entende nosso íntimo como todas as mães conhecem e sempre apresenta as nossas súplicas a Jesus Cristo.

Mãe de Dores que é auxílio, nossas constituições nos lembram isso. Somente um coração inteiramente cheio da presença de Deus pode esquecer suas próprias dores para consolar aqueles que mais precisam. Como vocacionados a uma consagração inteiramente a Deus devemos nos lembrar que diante dos outros somos convidados e ser auxílio. Desta maneira, quando necessário for devemos esquecer as nossas dores para curar a outros corações buscando forças na intercessão de Maria.

Nossas constituições também nos lembram: “A Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe do Senhor, está presente, de modo especial, em nossa vida de oração. Seguindo seu exemplo, guardamos em nossos corações a Palavra de Deus. Veneramos Maria como nossa Mãe. Imitamos sua oração perseverante e confiante. Amamo-la, participando com ela no mistério da Cruz, principalmente na meditação dos Mistérios do Rosário mariano. Invocamo-la na oração, para obter, por sua intercessão, os dons da graça de que precisamos, como filhos, a caminho do Pai. ” (const. 53). Maria é para nós mestra de oração e nos ensina sempre a estarmos no caminho de Cristo. Ela foi companheira e discípula, ou seja, ensina a nós seus filhos a também sermos como ela.

“A memória da Virgem das Dores chama-nos a reviver o momento decisivo da história da salvação e a venerar a Mãe associada à paixão do Filho e ao lado dele elevado na cruz” (cf. Jo 19,25-27; Paulo VI, Marialis Cultus, 7). Sua maternidade assume no Calvário dimensões universais. Recordamos a Sequência de Nossa Senhora das Dores para sua Memória celebrada no dia 14 de setembro:

“Para salvar sua gente, eis que seu Filho inocente suor e sangue vertia. Na cruz por seu Pai chamando, vai a cabeça inclinando, enquanto escurece o dia. Faze, ó Mãe, fonte de amor, que eu sinta em mim tua dor, para contigo chorar. Faze arder meu coração, partilhar tua paixão e teu Jesus consolar. Ó Santa Mãe, por favor, faze que as chagas do amor em mim se venham gravar. O que Jesus padeceu venha a sofrer também eu, causa de tanto penar. Ó dá-me, enquanto viver, com Jesus Cristo sofrer, contigo sempre chorar! Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus, e o teu pranto enxugar. Virgem Mãe tão Santa e pura, vendo eu a tua amargura, possa contigo chorar. Que do Cristo eu traga a morte, sua paixão me conforte, sua cruz possa abraçar! Em sangue as chagas me lavem e no meu peito se gravem, para não mais se apagar. ” (Sequência de Nossa Senhora das Dores)

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS DORES

Dai-nos, Senhora, a graça de compreender o oceano de angústias
que fizera de vós a “Mãe das Dores”, para que possamos participar
de vossos sofrimentos e vos consolemos pelo nosso amor e nossa fidelidade.
Choramos convosco, ó Rainha dos Mártires, na esperança de ter
a felicidade de um dia nos alegrarmos convosco no céu. Amém.