O presente hino é uma ação de graças pelo tricentenário de fundação da Congregação Passionista. Ele possui uma riqueza que não poderia faltar em um hino celebrativo, que são algumas máximas do próprio Paulo da Cruz, que ficaram muito conhecidas.
O hino inicia dando graças ao Deus crucificado, expressão bela usada por Jürgen Moltmann, e que vem de encontro ao nosso carisma. Logo depois, traz a atração de Paulo da Cruz pelo calvário, que desde pequeno se fez presente no seio familiar e o acompanhou por toda sua vida.
Outro elemento que não pode ser esquecido nesta celebração do tricentenário é o nosso berço. Para nós, Passionistas, bem como para toda a igreja, no ano de 1720 Castelazzo pulsava forte como coração do mundo, porque lá Deus plantava mais um carisma para somar no Corpo de Cristo que é a Igreja, germinando a semente da paixão ainda mais no jovem Paulo da Cruz.
As demais estrofes trazem os pontos fortes de Castelazzo: oração, solidão, pobreza, penitência e paixão; elementos essenciais para a vida de todo passionista, sendo que, os três primeiros foram reforçados no seu leito de morte, quando pede em seu testamento espiritual que os superiores os façam florescer na congregação, para que ela brilhe como sol diante de Deus e dos irmãos.
Por fim, pode-se observar que durante todo o hino são cantadas expressões fortes de são Paulo da Cruz que foram retiradas de algumas cartas, a saber: à Marchesa Dal Pozzo (ltt. 33 de 4 de outubro de 1734), à Colomba Gandolfi (10 de julho de 1743) e a uma dirigida sua espiritualmente ( lett. I. 296, 315).
Que este hino seja um instrumento para rendermos graças a deus, sumo bem, pelos 300 anos da Congregação Passionista e também um constante clamor, para que auxiliados pela intercessão de Paulo da Cruz, “moremos sempre na santíssima vontade de deus” fazendo com que a congregação seja sinal de vida e salvação.
REL. GILBERTO DE SÃO MIGUEL ARCANJO, CP - COMPOSITOR.
RELIGIOSO NA PROVÍNCIA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ - BRASIL